segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Eleições na Alemanha, Japão e uma boca sobre a Venezuela

Após 50 anos, 50 anos!!! de estar à frente de forma quase inepterrupta no poder (menos um ano em 1993 ou 94) os conservadores finalmente foram desalojados.


Se a mudança será mais que simbólica n sei, mas que algum impacto há de ter mm que só "implícito" disso n há dúvidas, outro dado importante é que foram das eleições de todo o sempre no Japão com maior participação. Aqui estão os resultados eleitorais detalhados.
O PC Japonês, manteve o mesmo número de representantes na câmara baixa com perto de 5 milhões de votos... De qq das formas a militância no partido tem se reforçado e sobretudo o "ideal" comunista tem se regenerado últimamente, com livros a recontar velhas estórias de luta de pescadores dos anos 30 e com versões manga de clássicos comunistas a serem lançadas...



De qq das formas 50 anos governado pelo mm partido... Não deixa de dar que pensar... É que se Chavez é isto e mais aquilo e tá no poder há 11 anos o que dizer destes senhores?
Depois vai se a ver e é tudo notícias sem fundamento, mera campanha, já viram este canal de televisão e este jornal venezuelanos? é mt pedagógico e há ainda pior... que dizer da liberdade de imprensa depois de ver isto???? Sinceramente... É preciso mt lata e ignorância (geralmente andam de mãos dadas) pa continuar a difamar o Processo!

Tem piada que nem nunca me lembro de ter lido artigo algum em que se punha em causa, ou se quer se levantava a questão, da saúde democrática no Japão, é que 50 anos no Japão deve ser equivalente a um ou dois na Venezuela, devem ter um calendário diferente, não é? Enfim... É o mundo Orwelliano que nos querem impor.


Na Alemanha vêem mt, mt, boas notícias! O Die Link arrasou! E estamos a semanas de eleições nacionais tb lá... O Die Link está, de facto, a refazer o mapa político e da esquerda Alemão.



Mete um bocado de pena que perante isto certos sectores de Esquerda só escolham destacar a hipótese do Die Link se coligar e "trair" a "luta"... Epá mas ao menos na Alemanha há alguma coisa pa trair!!! LOL (estou-me a rir mas isto é sério).

Num daqueles diálogos porreiros de FaceBook tive esta troca de argumentos:

>Die Linke prepara-se para governar com a social democracia

>O quê? Queria eu que toda a Europa estivesse na situação Alemã!!! Queria eu que fosse a esquerda a polarizar o descontentamento e não os conservadores e a extrema direita. Parabéns ao Die Link pelo excelente trabalho e ainda bem que existe!!! Ou não, o melhor mm era os Nazis e a Merkel a subir (como se passa por muita europa fora), assim pelo menos mantinhamos a nossa pureza... por favor... E digo mais, se fizerem acordos decentes e forem firmes no programa axo uma irresponsabilidade perante as massas n assumirem o poder.
A questão é se no puleiro se manterão fiéis ao seu programa! E essa é a luta que a esquerda consequente do Die Link tem de agora de travar, internamente no partido e na rua, pois só com apoio de rua pode o seu programa ser aplicado! Grandes prespectivas pá luta de classes na Alemanha!
Obviamente q se claudicarem o campo tá aberto pá extrema direita, mas "Alea jacta est"!

>Não percebo como se constrói uma alternativa à CDU e ao SPD servindo de muleta ao SPD. A História dirá qual de nós tem razão.

>Depende do programa que sirva de base a uma coligação... Claro q n em quaisquer condições, mas de que serve subir de 2.3 para 21% se é pa ficara assistir na plateia? Essa é a pergunta q as massas farão, é que elas têem problemas que não podem esperar pelos amanhãs q cantam... O caminho para a revolução implica tb fazer muitos acordos e compromissos... Como aliás foi sempre o caso.

Mais importante... isto de q a Europa está a virar à direita é +- verdade como estes resultados o mostram, é interessante que na Alemanha e na França (mesmo eleitoralmente... nas ruas vamos ver o que o outono reserva), o coração da Europa, essa viragem n se verifica, antes pelo contrário.

Bom sinal

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Uma Piada e coisas mt sérias...

Ainda a propósito da acção da malta do 31 não resisto a citar aqui um texto de Lenine acerca do regicídio (ver Spectrum para versão completa) e da questão Republicana:


A tradição Republicana tornou-se consideravelmente fraca entre os socialistas da Europa. Isto é compreensível e até um ponto justificável, sendo que a iminência da revolução socialistas diminui a importância prática da luta por uma república burguesa. Muitas vezes, porém, o enfraquecimento da propaganda republicana significa não vigor da luta pela vitória completa do proletariado, mas uma consciência fraca dos objectivos revolucionários do proletariado em geral. Não foi sem razão que Engels, ao criticar o Projecto de Programa de Erfurt, de 1891, sublinhou aos trabalhares Alemães, com o maior ênfase possível, a importância da luta por uma república, e a possibilidade dessa luta passar à ordem do dia na Alemanha também.(2)
Connosco na Rússia, a luta por uma república é matéria de significado prático imediato.

Apenas os mais desprezáveis oportunistas pequeno-burgueses como os Socialistas Populares ou o “S.D.” Malishevsky (vejam a seu respeito o Proletary, No. 7) podem extrair da experiência da revolução Russa a conclusão que na Rússia a luta pela república está relegada para o fim. Pelo contrário, a experiência da nossa revolução provou que a luta pela abolição da monarquia está inseparavelmente ligada na Rússia à luta dos agricultores pela terra, com a luta de todo o povo pela liberdade. A experiência da nossa contra-revolução tem demonstrado que uma luta pela liberdade que não afecte a monarquia não é luta, mas cobardia e flacidez pequeno-burguesa ou simplesmente os carreiristas do parlamentarismo burguês a enganarem o povo.”

”O Sucedido ao Rei de Portugal”, Vladimir Ilitch Lénine, 1908.
Publicado a 19 de Fevereiro (3 Março) de 1908 no nº 22 do Proletary. Presente tradução para Português a partir da Versão Inglesa Traduzido de Lenin Collected Works, Progress Publishers, 1972, Moscow, t.13 pp 470-474.
Transcrito de “Arquivo Marxista na Internet”



Relativamente à imagem acima, além de ter piada, tal como a acção em si, fica o registo pa quando os actos de desobediência civil não forem perpetrados por "meninos bem" com sentido de humor, mas sim por perigosos "eco-terroristas/extremistas de esquerda" e coisas que o valha (por exemplo trabalhadores q ocupem uma fábrica para impedir remoção da maquinaria, na coreia do sul é que não brincam! e na China ainda menos)...
Quem se escandalizava com os "famosos" work shops de desobediência civil dos acampamentos do BE diz o quê a isto?

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

SKA-P e Socialismo



Os, no mínimo, lendários SKA-P (at last!!!) chegam a Portugal, será no Avante, no Domingo dia 6 de Setembro... pelo menos é o q diz na página da banda, n percebo pq é q os cromos do PC nem o programa da festa têm no site...


De qq das formas este é um evento q não poderia deixar de ser registado, uma banda q oiço pelo menos há 10 anos... eu e mt, mt gente, vai ser lindo. Aqui deixo links pa duas das minhas favoritas Paramilitar e Legalizacion.

Antes disso há o Socialismo 2009, não é um festival de verão nem tem bandas SKA, mas tb vale mt a pena, pelo menos pa quem se interessa e quer fazer alguma coisa consequente relativamente ao futuro do país e da humanidade...
O Programa até me parece melhor q o do ano passado, é pena haver vários debates interessantes em simultâneo...
Deviam gravar todos e por no youtube, n percebo pq n o fazem... n é por falta de meios (nem são precisos muitos...), espero q este ano corrijam essa lacuna.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Afeganistão, Talibans e desculpas esfarrapadas...

sabíamos que as mulheres do Afeganistão continuavam a usar Burkas, já sabíamos que as plantações de ópio explodiram desde que os Gringos ocuparam o país (ver gráfico abaixo do nº de hectares plantados de papoila), já sabíamos que o actual presidente só governa pq tem o apoio dos Pretorianos estrangeiros, sabíamos que grande parte do território está entregue a narco-traficantes e senhores da guerra que prestam leve vassalagem ao vice-rei do Império, Karzai, e por Karzai (ou seja Obama &Cª) são legitimados e defendidos...

Agora sabemos que esse vice-rei promulgou uma lei que faz corar os Talibans!!! Mulheres que n satisfaçam sexualmente os maridos podem ser trancadas e mortas à fome pelo esposo!!! Está-se a lutar afinal no Afeganistão pq? É que com isto cai o último dos véus... Exactamente qd os Talibans (a resistência Afegã) emite um novo código de conduta para as suas tropas, que vem num sentido de impor alguma racionalidade às acções dos combatentes.

Só um grande acordo nacional, que inclua os Taliban (como é óbvio) e a completa e total retirada das forças invasoras da NATO e USA poderão garantir a hipótese de alguma paz e estabilidade ao país.

Entretanto, sem hesitações, desejo o máximo sucesso para a Resistência Afegã e Iraquiana. Aliás o aumento da resistência no Afeganistão é um óptimo sinal e, de facto, o único raio de esperança para uma população que vive sob o jugo de tropas ocupantes, senhores da guerra, chefes tribais e Narco-Traficantes amigos de Karzai... Onde as poucas leis que se impõe são iguais ou piores que as dos antigos Talibans...



sábado, 15 de agosto de 2009

Épicos Imperiais


Zulu, de 1964, é dos mais bem encenados filmes de guerra de sempre, e uma das primeiras aparições de Michael Caine no Cinema... Esta é a história "real" de uma famosa batalha da Guerra entre Zulus e o Império Britânico, a batalha de Rorke´s Drift... Menos de 100 soldados de sua majestade, de colete vermelho e capacete branco replandescente contra 4 000 guerreiros Zulus, de tanga, lancinha e escudo de couro...

Mais do que uma espécie de western o filme faz me lembrar os confrontos entre Legionários e Bárbaros nas fronteiras do Império (tipo a batalha inicial do gladiador)...
Aliás à coisa de um ano ou dois lembro-me de ler notícias sobre batalhas travadas entre Britânicos e Talibans (ou neo-Talibans, ou Resistência Afegã, é capaz até de ser o mais correcto) que n eram assim tão diferentes desta... Se bem que parece-me que hoje em dia, felizmente, o diferencial tecnológico(e n só) n é tão grande... Já n é tão fácil fazer Impérios à ponta da Baioneta e da Maxim. Ainda bem.
Bem mas é como digo, pa quem gosta de filmes de guerra este é dos melhores!
Esta ode à bravura de John Bull foi realizada por um Norte-Americano, perseguido pelo Macartismo...

Em 1979 fizeram uma prequela do filme acima, Zulu Dawn, segue o início imediato dessa guerra e foca-se na batalha que se deu no dia anterior aos "heroicos" eventos retratados no filme de 1964. Acaba por ter mais meios e "estrelas" superiores a Zulu, tem imagens mt boas, mas no global n tá tão bem montado, dá muito mais gozo ver o primeiro filme... De qq das formas é importante, a batalha de Isandlwan foi a maior derrota de um exército moderno ocidental às mãos de uma horda de guerreiros com tecnologia da idade do ferro.

Na senda das lendas imperiais vem este Karthoum, a saga do Mahadi e do "chinese" Gordon, os eventos retratados neste filme passam-se 3 a 4 anos após os dos filmes acima. Ainda estamos em África mas desta vez no Nilo e o que está em jogo é o controlo do Egipto e Sudão. O filme tem diálogos interessantes e é pedagógico ver associações de beneficiência e afins a protestarem a favor de uma invasão imperial... Bem n sei se foi bem assim... é como retratam no filme. Mas pa quem gosta de épicos vale a pena e é uma grande estória de um conflito n mencionado muitas vezes (que ainda foi importante...).
Aliás até é importante pa se perceber melhor a questão do Darfur e dos novos Mahadis...

Este é bem mais recente, de 2002, não foi tão falado qt aquilo q eu axo q o filme merecia... Não só a fotografia é mt boa (as cenas que se passam no Sudão são espetaculares), como a estória é original.
Um jovem oficial de cavalria (ainda por cima...) que se demite qd sabe q será enviado pó Sudão... Manchado com a infâmia da cobardia o "herói"acaba por embarcar à mesma para o Nilo, mas vai sozinho e a sua missão não é marchar contra o Mahadi... Um dos grandes papéis de Heath Ledger.

São crónicas do final do século XIX a Era do Império ...

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O Bloco, as Massas e o Maximilien...


O Bloco está a bombar, e bem. Os cartazes estão pura e simplesmente brilhantes (mesmo o do Fazenda pa Lisboa! Sem falar nos outros...) e apesar de estarmos no auge do verão há inúmeros comícios marcados e várias iniciativas têm se sucedido. O facto de (a par do PS) ser o único partido a lançar um programa de governo tem amealhado pontos, o lançamento em livro desse programa foi uma oportunidade de ganhar mais uns minutos de tempo de antena e dizer mais umas quantas verdades ao país. Pelo que disseram já houve mais de 50 000 downloads do programa no Esquerda, não é pouca coisa...

Aliás, n o li todo, mas pelo que vi da sua apresentação à +- um mês axo que, grosso modo, ou melhor, do ponto de vista estratégico (se bem que ao nível do detalhe mt coisa pudesse ser alterada/refinada) é exactamente aquilo que o país e o movimento popular necessita. O próprio Louçã tem tado mt, mt bom nas entrevistas que tem prestado (esta à RTP é apenas um exemplo).

Aliás, é a partir de uma dessas entrevistas a Louçã que retirarei os motes, as questões chave, que quero abordar neste post.

Foi há coisa de uma semana ou duas que o BE organizou uma "Blog Conferência" (na foto vê-se o Pedro Viera do arrastão a fazer um dos seus fantásticos bonecos, o que abre este Post é da sua autoria), o Bloco convidou vários Blogs para que os autores destes, em directo (n como a palhaçada formal feita pelo PS), conduzissem uma entrevista ao líder do BE. Cada Blog teve +- 10 minutos, foram 10 blogues, ou seja, Louçã teve mais de 2h non stop a responder a mais de 10 entrevistadores diferentes. Deu o q se chama um verdadeiro baile! Aliás estas iniciativas são mt frutuosas, a começar pq se alguns destes bloggers são aparatchiks que dificilmente mudam de campo (como o Louçã com toda a lata, e bem, "desmascarou"), muitos outros são apenas semi-analfabetos políticos equivocados... ora sobretudo com estes últimos, mm que se aparentemente de direita, vale a pena manter o diálogo!

Convém sempre ter algumas ligações, pontes com o "inimigo" (é uma das lições de Macnamara...). Mesmo que n se tornem Bloquistas, pelo menos as críticas que daqui pá frente fizerem ao Bloco vão ser bem mais informadas e contextualizadas... e lá está sempre se criam alguns laços que impedem (ou inibem até certo ponto) as críticas do tipo desumanizantes, rasteiras, falsas cujo objectivo é o puro e simples afastamento do BE do espaço considerado "aceitável" para partidos que queiram exercer o poder.

Para além disso nunca devemos partir do princípio que n vale a pena tentar convencer ou discutir com um(a) indivíduo (n organizações!), por aparentemente mais reaccionário(a) que seja, o nosso projecto emancipatório tem como objectivo impedir a catástrofe (ponto1) e erguer uma sociedade mais próspera, livre, justa e igual para tod@s, logo tod@s são bem vindos na execução desta tarefa!

Grande Parêntesis__________________________________________________
Portanto, irritava-me sempre qd a malta axava q n valia a pena ir a Santos distribuir panfletos (nas campanhas eleitorais e outras...) e acabávamos quase sempre invariavelmente por ir ao Bairro... Claro que há q estabelecer prioridades ao nível dos espaços sociais onde escolhemos intervir, mas custa-me sempre que em nome disso (embora seja mais mm em nome da preguiça e desmazelo...) se excluam certos territórios. É que o exemplo das distribuições para Jovens na "Noite" são apenas um entre muitos!________________________________________

O ideal seria até convencer quem goza de privilégios extraordinários a abdicar deles, pois passaria a viver num mundo bem melhor! E muitos até abdicam ou lutam contra privilégios que eles próprios usufruem... Mas a história diz-nos que essas são excepções...

Até porque há mais coisas para além dos indivíduos, as leis, instituições, as relações entre estas e os indivíduos... Este conjunto forma um sistema, e é no "framework", é no contexto, desse sistema que os indivíduos operam. Ora por mais "bonzinhos" que sejam os indivíduos as suas acções são moldadas e restringidas pelo papel que desempenham no sistema e as instituições de que fazem parte (que podem ser várias e contraditórias), e sobretudo se muito poderosas, o objectivo das instituições/organizações é sobreviver e crescer, nunca se auto-dissolverem (a n ser q a isso sejam forçadas)... Por isso é q o progresso é tão difícil, alterar o status quo, mesmo que em pequenas coisas tem o risco de por em causa muitas das leis e tipo de relações existentes entre diversos agentes da sociedade, ora ao mudarmos isso tira-se a sustentação de muitas instituições e altera-se o próprio modo de vida de muita gente... O que implica sempre elevados níveis de "atrito social".

Por exemplo, quando nos anos 70 do século XVIII os habitantes de 13 colónias Britânicas começaram a refilar com a metrópole a sua reivindicação estava longe de ser a independência. Existiam laços enormes e poderosos entre as colónias e a metrópole e a maior parte dos colonos considerava-se Inglesa. Aliás por isso mm é que não admitiam que a Coroa quisesse começar a cobrar impostos sem que eles, colonos, tivessem representantes no parlamento Inglês. Pois mas se tivessem deixavam de ser colónias para explorar, para se tornarem numa parte integrante do Reino Unido...Ora n era esse o interesse da Coroa... Portanto, das duas uma, ou a relação das colónias era de tal forma dependente que tentando algumas concessões uma separação nunca seria de considerar ou então, as imposições da coroa eram de tal forma restritivas, que, apesar de tudo, seria melhor tentar o futuro enquanto nação independente. E entre os colonos havia toda a palete possível de posições... No final aqueles que preferiram um futuro livre e independente acabaram por reunir mais força social que os seus adversários, mas foi um processo duro e longe do linear...
Logo, pelo que a história nos ensina e reflectindo acerca dos processos de transformação social, é fácil perceber que sem confrontos sérios e inclusive a eliminação física de algumas instituições actualmente existentes é impossível, até um programa cauteloso como o do BE, ser implementado.
Portanto a primeira questão fulcral é da relação Massas - Bloco.


Na Blogoconferência às páginas tantas (+- aos 4 minutos) João Gomes do Risco Contínuo lembra a Louçã que no acampamento de jovens de 2005 (e no deste ano tb, já agora LOL) existia um workshop de desobediência civil, pergunta o João como pode o Bloco querer ser governo e ter tais iniciativas ao mesmo tempo? Uma pergunta que José Santos do Loja de Ideias volta a fazer...
Bem, mais do que nunca, será quando o Bloco for (ou fizer parte de um) Governo que irá necessitar de apoio e mobilização de massas. Indo para o centro do Poder de Estado com o compromisso de aplicar o seu programa (ou até um com menos detalhes, mas com os mesmos objectivos fulcrais), nunca conseguirá o BE e o seu Governo implementar o esse programa se n tiver força social, militância, influência em associações e redes diversas, etc... suficiente para fazer cumprir a democracia. Perante a campanha, essa sim negra, mediática-social-económica que se irá desencadear contra um governo deste tipo só com muitas manifes, ocupações, greves, piquetes e mobilizações de todo o tipo se poderão ultrapassar os obstáculos erguidos pela reação (estão a seguir o debate sobre a "Health Care Reform" nos EUA? é um bom exemplo actual). Mas n é só qd for governo, mesmo antes! A mera ameaça de uma alternativa popular consistente com hipóteses de triunfar sobre o actual centrão apodrecido irá levantar uma fronda! Só um movimento amplo com raízes profundas no tecido social pode aspirar a ganhar esta batalha.


Agora há aqui duas coisas, duas prespectivas... uma coisa é a "dinâmica inata" da sociedade e movimento popular, outra coisa é a relação e influência do BE no movimento, ou melhor, a capacidade do BE ser factor de polarização, a capacidade de ser instrumento eficaz ao serviço de um povo minimamente organizado e consciente.

Ora para isso é preciso da parte do Bloco não só vontade de desempenhar esse papel (que até é uma espécie de minímo denominador comum, isso do BE ser porta voz do caleidoscópio de reivindicações, associações e movimentos da "sociedade") mas mais, a vontade (que n é unânime nem vista da mesma maneira) e capacidade de intervir directamente no terreno de forma a fomentar uma dinâmica popular de alternativa-protesto, que encontre no BE a sua natural expressão no campo político partidário.

Bem, a verdade é que o BE tem desenvolvido know-how e uma máquina relativamente bem oleada de campanha, de realização de eventos. Isso é preciso, mas é muito pouco para o que o futuro exige.
Nestes últimos 10 anos o Bloco teve um papel importante em muitas mobilizações, a questão de Timor, logo em 99, as manifes anti-guerra de 2003, ou a campanha do Aborto em 2007. No movimento estudantil, ou nos sindicatos tem e teve presenças pontualmente importantes. Mas tanto a estrutura e militância do Bloco sempre foi muito estreita, como a capacidade do BE convocar protestos de massas é nula quando nesses protestos não existem outras grandes organizações (O PS no Aborto, o PCP e muita esquerda na Guerra, uma enorme dor na consciência colectiva no caso de Timor).

Mesmo no caso dos Professores, sector onde o Bloco, até "sociológicamente", tem um peso muito grande, sector que esteve em luta por um longo período, neste sector (terreno mais fértil no Portugal de hoje n vejo) o Bloco parece-me ter construído muito, muito pouco... Pelo menos nunca vi surgir liderança alternativa, ou uma linha não necessariamente em oposição à direcção sindical do PC, mas um verdadeiro movimento democrático, combativo e inteligente. Lá está até surgiram muitos movimentos de professores, mas daí nunca se passou mais longe e o facto é que o "Centro" do BE não me parece que tenha estado muito interessado nisso.

Bem claro que a capacidade de construir alianças e amplos movimentos é fulcral, o que estou a dizer é que quanto mais o Bloco tiver capacidade de convocação de protesto mais condições há de criar ainda mais amplos e mais radicais protestos originários do próprio movimento popular. Até porque se há coisa necessária neste momento é que o movimento popular consiga ganhar massa crítica suficiente para realizar acções de massas (por exemplo uma manife de 50 000 pessoas) não tutelada por CGTPs, PCPs ou outras organizações existentes... Pq se isso for possível então muito mais facilmente se arrastarão os "hesitantes" e "vagamente confusos" que é normal e saudável sempre existirem.

Não estou a dizer que o Bloco deve ser uma nova corrente transmissora, sejamos claros, mas deve e tem de n apenas assistir e depois dar conferências acerca dos movimentos sociais. Tem de estar neles, dinamizá-los e tentar por tudo que eles se desenvolvam o mais possível. Claro que os militantes do BE e muitos grupos do BE e de militantes fazem isso mesmo, mas não é essa a prioridade do BE, do "Centro" que partilha a hegemononia e dirige o BE.

Mas lá está, por tudo o que acima exposto, digo que o Bloco deve ter como sua máxima prioridade pós eleitoral:

1 - Criação de Núcleos sectoriais (empresas, escolas, etc..) e regionais do BE no máximo de espaços possíveis, com alguma autonomia e auto-determinação sobre si próprios, bem como com real influência na definição das grandes linhas estratégicas do movimento. Dinamização da luta social popular.

Já agora, isto juntamente com estas duas coisas q tb são fundamentais:

- Elaboração em conjunto com o máximo possível de outras organizações/pessoas de um "Programa de Salvação da República";
- A par, construção da plataforma política que irá implementar o programa caso seja aceite pela maioria da nação;

A questão aqui é que o "Centro" nunca teve o ponto 1 como prioridade e em grande medida discorda com a formulação acima feita. O problema é que se o BE n revir muito bem a sua abordagem à questão ou será comprado pelo sistema ou será esmagado. Para cumprir o seu programa o BE terá de crescer, é necessário mais luta social e, sobretudo (pq depende mais de nós), o "Centro" do Bloco terá de ter estes eixos como prioridades reais. O problema é que isso implica custos.

Um movimento de massas não é controlável como o BE é neste momento, n é que o BE seja assim tão anti-democrático em termos formais (como algumas tendências dizem, claro que há um caso ou outro de abuso, mas nada de dramático...), e é verdade que nem tem centralismo democrático... Mas tb n precisa pois não tem vida própria fora do "Centro" que justifique esse tipo de regras, pode abdicar delas, o controlo é exercido pela absorção ou exclusão por parte do "Centro" de toda actividade do BE, e o que n está no "Centro" não conta lá muito... Mas lá está o Bloco n pode ser só "Centro" se quiser cumprir a sua tarefa histórica.

Como disse o Miguel Portas no encerramento de um congresso do PSR, "O Bloco precisa de mais articulação e menos dirigismo"

E é neste momento que n resisto colocar esta imagem do Clube Jacobino.


Jacobinismo uma faca de dois gumes

É que os Jacobinios tb n tinham centralismo democrático! Mas foi isso (e pior) que Trotsky chamou a Lenine quando este apresentou a sua proposta de um partido de quadros. Trotsky criticou, e bem na minha opinião, a desconfiança latente das massas e da democracia que prepassava nas propostas de Lenine (isto foi em 1903 na altura em que o PSDOR se cindiu em Mensheviques e Bolsheviques). Ora bem essa desconfiança está tb aqui latente, nesta resposta que Louçã (a única parte da entrevista em que diz algo com o qual n concordo) dá ao José Santos do Loja das Ideias acerca das directas.

Ora, existe da parte de alguns sectores do Bloco tb uma espécie de excesso de zelo Jacobino pelo controlo e centralismo, com medo de se perder a virtude... Aliás a resposta do Louçã é um espelho disso, "já viram o que era se houvesse directas? acabavam-se as mulheres na política e era só Valentins Loureiros a polular", pouca confiança no povo e na democracia... Isto comé tudo uma espécie de cavernícolas meio envernizados, o melhor é haver um "Centro de Iluminados" que com a legitimação formal faça as escolhas decisivas, assim depois a ralé pode fazer a escolha dentro do que a "Virtude" impõe.

Bem, n só de princípio sou contra essa postura, pois a Democracia, custe o que custar é para manter e mil vezes o tumulto democrático ao silencio virtuoso dos cemitérios... Mas mais, axo que esta postura, neste momento, é um empecilho que impede o Bloco de se desenvolver...

É preciso lidar melhor com os conflitos e aceitá-los como inevitáveis, é preferível que exista menos dirigismo e mais movimento, mesmo que isso implique aceitar que o número de erros que serão cometidos aumente... È bem melhor que actividade do movimento aumente 200%, mesmo que isso custe um aumento dos erros de 20%... N sei se tão a ver...

Numa reunião, Louçã respondeu a uma questão que tinha a ver exactamente com os delegados para a convenção serem eleitos por núcleos(de fábrica, escola, etc...), ou seja, por "unidades de acção política real" e não por mera divisão geográfica administrativa, a sua resposta foi a seguinte: "o Bloco n é uma federação de núcleos, a direcção é eleita com base num programa político e a disputa é feita nesse plano, o bloco n é uma soma de particularidades".

Eu concordo com esse princípio Jacobino, agora nada impede que seja exactamente ao nível dos núcleos, onde se executa política real, que se discutam os programas globais e emanem os delegados que vão discutir as prioridades gerais à Convenção... E aliás, n é q hoje em dia n exista e até tenha alguma vivacidade, mas muito mais importante seria que esses documentos e princípios fossem discutidos pelos militantes nos espaços e organizações do BE onde, de facto, praticam a política e activismo... O problema é que a discussão iria gerar muito mais variantes e claro mais particularismos viriam à superfície e muita asneira, mas tb muitos contributos determinantes que hoje nem têm espaço para emergir!

Eu até gosto mt dos Jacobinos, e na minha lista tão perto do Nº1 dos que mais deram um contributo positivo para a evolução da humanidade, agora, aprendamos alguma coisa com a história... um pouco menos de obesseção com a virtude e um pouco mais de confiança no povo e democracia são necessários neste momento. Neste momento... Qd chegarmos, se chegarmos, a fases do processo mais avançadas logo teremos de reavaliar a situação...

No fundo o que estou a dizer é que a Hegemonia Partilhada (entre PSR e UDP) em que o Bloco se formou e floresceu tem de acabar definitivamente e n apenas pela injecção de personalidades relevantes (como quem diz...) da vida social nacional no BE (que tb acaba mais por ser ao nível da visibilidade q outra coisa...). Tem de haver um novo folêgo, um reorganizar menos centralista e mais radical do movimento... Claro que com mais vida e democracia novas regras serão necessárias e alguma espécie de disciplina e unidade na acção é indispensável.

Bem a sede estar quase arranjada! Isso é muito positivo e é um exemplo como uma centralidade pode ajudar a dinamizar um movimento... O facto do BE estar espartilhado por Lisboa em n sedezinhas n tem ajudado nada...


Já agora e pq acima falei da Revolução Americana, cá vai uma imagem icónica dessa revolução publicada num jornal de Benjamin Franklin, é num estilo mt Jacobino... N é exactamente a mensagem de baixo, mas n é assim tão distante tb...


Abaixo outro símbolo da Revolução. Esta era das bandeiras mais comuns entre os Patriotas e o novo Exército Continental. Já n é tanto Jacobina, revela mm uma Punk Atitude LOL

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

PunK is noT deAd! Fod@-s&!





Há algum tempo comprei uma colectânea de música Punk lançada para comemorar os (mais ou menos) 30 anos deste género musical... Até já estava a pensar escrever este post há mais tempo, mas pensava, punk is not dead? Mas n estará mesmo?
Bem, este fds no Bairro vi alguns putos com ar de Punks, uma ainda adolescente tinha uma t-shirt em q estava exactamente a imagem que coloquei acima, portanto, sinto-me mais à vontade em dar este título ao Post, de facto, Punk is not dead! E muito do espírito de rebeldia intrínseco a este género é bem necessário nos dias que correm...



London Calling, greve dos mineiros em 1984, o irmão de Billy Elliot foge da bófia no bairro operário, ele tal como o pai de Billy é um mineiro e um dos principais organizadores do protesto... É a melhor cena deste filme e não só... A música, a acção e o cenário combinam-se de uma forma rara no cinema. É como uma versão condensada, a essência, do protesto e resistência nesses anos de contra-revolução conservadora.
É que o Punk nasce no final dos 70, quando as grandes esperanças dos 60 e inicios de 70 já haviam sido trituradas e o Neo-liberalismo, espreitando, ainda não tinha tomado conta da "casa"... É por isso mesmo bem diferente das músicas de protesto dos 60, para além disso, o Pop-Rock já se havia imposto como hino das gerações jovens (no início dos 60 estava apenas a começar a Beatlemaniae o resto da explosão Pop) e este novo género não deixa, de uma forma mais crua e sem subterfúgios, de pertencer a essa raíz de cultura jovem-ocidental-pop/rock.
Só que, lá está, no final dos 70 os horizontes de largas camadas da juventude já não são os mesmos do início dos 60. Os trinta gloriosos anos haviam acabado de terminar (embora na altura ainda n se tivessem apercebido bem disso), numa Inglaterra em crise, sem alternativas (a não ser o projecto Neo-Conservador que se acabou por impor), irrompe então este novo estilo, misto de grito de revolta, chamada de atenção e pura provocação...



Este é um ganda som, Action Time Vision, dos Alternative TV (é só clicar na imagem pa ouvir as músicas...)


If the Kids are United! Muito bom! dos Sham 69.

Muito Galvanizante, embora o look "laranja mecânica" não seja dos meus preferidos...


E não podia deixar de por uma das músicas e bandas que mais projectou o fenómeno! Sex Pistols, "God Save the Queen, the fascist regime..."

Ok, o próximo vai mesmo "embeded", o Punk na linha da frente, estamos em finais de 70, o auge do conflito pela auto-determinação e direitos civios da população da Irlanda do Norte... os Stiff Little Fingers dizem-nos:
what we need is an ALTERNATIVE ULSTER!


(a letra e uma montagem fixe podem ver aqui)

Em Portugal o fenómeno, as almost always, chegou com algum atraso, 10 anos para ser exacto... Cá ficam com CENSURADOS, "Tu ó Bófia", é incrível como têm tantas músicas fixes... deviam pensar em reunir-se novamente e fazer uns concertinhos e lançar um best off com uma música original não lançada (o costume...). Pá, pelo menos ganhavam uns trocos e a malta curtia!



Vejamos, o meu estilo n é bem este, é um bocado mais "luminoso" e "construtivo", n sei se tão a ver... De qq das formas o derrube da ordem estabelecida implica sempre um certo culto da transgressão...
Mesmo que a maioria das revoluções tenha sido realizado invocando a defesa de direitos naturais e imemoriais das maiorias(sim é verdade...), mesmo que tenham sempre invocado algum tipo de legitimidade formal, mesmo que tenham sempre retratado a "velha ordem" como uma farsa e uma estrutura podre a sanear para não contaminar com a sua podridão o corpo da nação... a verdade é que a inércia tem muita força, as pessoas no seu quotidiano estão "pré-progamadas" para obedecer a certas instituições e têm uma espécie de receio/respeito automático face a certas instituições/cerimónias do status quo.
Aqui entra o PunK, não devemos exagerar, afinal n somos meros PunKes (literalmente "Bandalho" ou "Marginal", lembram-se da famosa do Dirty Harry, Do you feel lucky, Punk?), é como acima disse, na verdade até somos os mais sérios e honestos no meio desta palhaçada toda! Somos portadores de uma nova ordem justa, fraterna, solidária, ética e mais eficiente... Mas sem algum espírito de transgressão e rebeldia, sem alguma provocação, a mudança n é possível. Às vezes é preciso mm partir a loiça toda, má nada!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Onde estamos? Pra onde vamos?

Bem, por uns tempos n ei de voltar a repetir Zizeck, mas cá vai mais uma dose. Desta vez em entrevista à Democracy Now...

Precisamos de saber realmente onde estamos e perceber o mundo actual, precisamos novamente de grandes actos colectivos...

100% verdade, grande parte da esquerda ou claudicou completamente, ou acantonou-se nas suas fortalezas... É preciso construir uma análise rigorosa destes novos tempos, o que implica tb dissecar a história recente, dos final dos anos 70 para cá...

Sinceramente irrita-me o PC achar que a queda da URSS deveu-se a meia dúzia de aparatchiks que se deixaram deslumbrar pelas riquezas do Ocidente, de igual modo qd leio q "Trotsky já tinha previsto a queda da URSS tal e qual ela se deu" tb fico de cabelos em pé! Então a nossa análise do que se passou lá fica-se pelo que um tipo q morreu em 1940(menos de metade da vida da URSS, que n engloba nada da segunda onda revolucionária mundial do pós guerra...) e em 1921 advogou aquilo que o Estaline implementou em 1929 (e nessa altura ele criticou... enfim...)? Que pobreza de análise, precisamos de bem mais q isto...

Precisamos de uma análise séria acerca do socialismo real e sua queda... Sem verdadeiramente perceber os falhanços dessa experiência e aprender com ela como esperamos nós re-erguer um projecto Universal e Emancipatório? Se n olharmos para última tentativa concreta de executar um projecto desse tipo estamos práqui a navegar à vista...

Em paralelo temos de olhar para o "Brave New World" que enfrentamos, temos de reinterpretá-lo, Marx, Trotsky, Lenine, todos eles à sua maneira fizeram isso no seu tempo... Nos dias que correm a análise anda muito dispersa e pior... quando Lenine ou Trotsky fizeram as suas análises, fizeram-no com um objectivo, essas análises eram instrumentos ao serviço do partido/movimento popular (Lenine mais Partido, Trotsky mais Movimento Popular) na sua luta emancipatória/Revolucionária... Balanço e Perspectivas é, em traços largos, um guião de acção para a Revolução Russa, uma análise do campo de batalha e o papel de cada classe nessa luta... Nele Trotsky, inclusive, estilhaça alguns supostos clichés da análise Marxista da altura.

Pena que hoje em dia, em grande medida, ou temos masturbações intelectuais académicas q pouco servem a luta concreta, ou compilações de clichés e citações de pessoas que nasceram à dois séculos!!! Que tb pouco ou nenhum contributo dão à luta social... Bem, tb estou a ser mauzinho, à sempre excepções, mas poucas...

É que mais do que nunca necessitamos de ser Radicais na análise e acção! Mas radical n é andar com t-shirts do Lenine (tb n faz mal...), atirar pedras a Mac Donalds (é sempre melhor q nada... olhem pa França), ou mimetizar o léxico/iconografia soviética.
Não! É nos dias de hoje, com os temas de hoje, as preocupações de hoje e as pessoas de hoje (que n vivem, trabalham e convivem como à 100 anos atrás) construir slogans, programa e acções que sejam capazes de dar uma resposta Justa, Igual e em Liberdade aos: problemas ecológicos, das migrações, da produção e distribuição de bens e serviços, dos conflitos étnico-religiosos e de convivência entre culturas num mundo cada vez mais exíguo...

Por isto é que gosto mt de Chavéz é dos poucos que consegue ser um Radical à séria. O Bloco poderá sê-lo tb, veremos.



PS - A foto acima é de 1917, os marinheiros exibem uma bandeira onde está escrito "morte à burguesia".
Por vezes dá-se a ideia que a Revolução de Fevereiro, foi a "boa", genuinamente popular e limitada no programa (democracia e umas migalhas)... Depois os papões Bolcheviques manipularam as massas, fizeram um golpe de estado em Outubro e implementaram um programa bem mais radical... Muito longe da verdade esta versão... As deserções em massa do exército, ocupações de terra e fábricas, os Sovietes em sessão quase contínua... Não aconteceram por ordem dos Bolcheviques, foram acções que partiram das massas, assim como a insurreição de Julho de 1917... Os Bolcheviques "consolidaram"(bem isto agora dava pano pa mangas...) muitas das demandas do movimento, não as inventaram, ou foram sequer os que tomaram a iniciativa de iniciar a Revolução...