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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Marcha pelo Ensino Supeior, pequena homenagem

Ontem dia 17 de Novembro teve lugar a "Marcha pelo ensino superior", eram 3000, não era uma multidão, mas para a forma como foi divulgada, e sobretudo, tendo em conta que é o primeiro protesto do género, foi um número que cumpria o mínimo exigível.
Para além dos números o ambiente estava muito positivo, quem foi dá me ideia que gostou. Este poderá ter sido um passo importante na reconstrução de um movimento estudantil com o mínimo de capacidade para influenciar a agenda política. Alguma reflexão mais apurada pode ser encontrada aqui ou aqui.
Com cabeça e alguma pica talvez se consiga fazer algo significativo a partir daqui.

E acabo com uma experiência/homenagem



Reportagem video aqui.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Marcha Pelo Ensino Superior, amanhã em Lisboa!



Bem já há muito que não havia uma manifestação de âmbito nacional de estudantes do ensino superior! Dá-me ideia que há pelo menos 5 anos que não havia uma.

Bom sinal, com os tempos que vivemos seria de estranhar e extremamente preocupante se pelo menos um "espasmo" não saí-se das Universidades! Afinal há duas situações que deviam motivar fortemente estudantes pá contestação:
1 - A crise que, segundo os relatos (e o mínimo de visão), cria dificílimas condições a muitos que frequentam o ensino superior, ainda para mais qd os custos da frequência (propinas e n só) só têm vindo a aumentar;

2 - Cada vez mais o futuro pós-académico é uma incógnita, sendo o percurso profissional composto por uma sequência de estágios, Biscates e part-times... Arranjar um trabalho com o mínimo de estabilidade que permita planear o futuro (constituir família, comprar casa, etc...)  é cada vez mais uma miragem.

Neste link podem ver 6 boas razões para aderir à manif, está um muito bom texto. Foi feito por um grupo da UTAD (Trás os montes e Alto Douro), o MUTAD.  Não sei quem são mas tiveram bem, se fosse eu não escreveria exactamente assim, mas estaria muito próximo.
É que primeiro li o comunicado "oficial" (pelo menos a imagem tá fixe) e fiquei um pouco desalentado pois os argumentos para a manifestação eram demasiado vagos, mas felizmente há malta a mexer-se!

Bom, de qq das formas é super positivo que neste momento exista esta mobilização!
Espero que a malta arranje alavancagem nesta acção para dinamizar o movimento estudantil, pois este é um elemento fundamental de um mais amplo movimento popular necessário para romper o Status quo e dar resposta à crise.
Parece-me que aproveitando as dicas MUTADISTAS é possível lá chegar (pelo menos a um movimento estudantil revigorado, as etapas seguintes necessitaram de mais...).
Uma das coisas que é preciso é não ter medo de tomar partido (aliás sem isso nem se vai a lado nenhum...) e não embarcar em posturas tótos, o máximo de radicalidade (no discurso e acção) com o mínimo de clichés e frases feitas (para não criar aquela rejeição instantânea nas "massas").





Neste Blog (Parar Bolonha) estão uma série de notícias referentes a protestos estudantis que têm ocorrido pela Europa.











quinta-feira, 19 de março de 2009

Agitação Estudantil em Barcelona e Roma


Enquanto em França as coisas tão como já expus, ontem em Roma e em Barcelona os ânimos também se exaltaram, com confrontos com a Polícia.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Leituras Interessantes, Students for a Democratic Society, JCR

Dei de caras com uns documentos fabulosos no Issuu, não posso deixar de partilhar convosco...
São as Resoluções de duas convenções/congressos de Movimentos Estudantis/Jovens.
O primeiro é da Convenção nacional dos "Students for a Democratic Society", pensava que eram um mito afinal são reais! E parecem-me muito, muito interessante, chequem este blog também.



O seguinte é o texto do congresso onde se tomou a decisão de dissolução da JCR, para quem não sabe ao mesmo tempo que decorrerá a convenção do Bloco irá ter lugar o congresso fundador do NPA, Nuveau Partie Anti-Capitaliste...



Para confessar ainda não os li com a devida atenção, mas parecem-me ambos muito úteis nos tempos que correm...

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Insurreição na Grécia!


Desde o assassinato pela polícia de um jovem activista social, no dia 6 de Dezembro, que a Grécia tem estado em pé de guerra… Ataques a sedes de polícia, bancos, multinacionais, confrontos com a polícia, faculdades ocupadas, contra-ataques da polícia em conjunto com organizações de extrema-direita, greve geral… E por enquanto a insurreição por não deu sinais de acalmar, dois eventos recentes dignos de nota são a ocupação de um estúdio da televisão e da sede da Confederação Geral dos Trabalhadores Gregos, a primeira por estudantes e a segunda por activistas que não se revêem na burocracia sindical.
É mais um momento que ficará registado na História, até já podem ler um relato muito completo na Wikipédia!
É mais um sinal dos tempos que se avizinham, não à volta a dar o conflito social só irá subir de tom, e sabem que mais? Ainda bem! É sinal que o movimento popular não vai abdicar de 200 anos de conquistas por dá cá aquela palha!
Melhor seria se este fosse um sinal de que a População não aceita as receitas da classe dominante para resolver a crise, e que perante a falência do status quo pretende aproveitar a crise como momento para refundar a sociedade na base de valores como Liberdade, Solidariedade, Cooperação, Criatividade e Imaginação... Mas ainda é um bocado cedo para dizer tanto...
A humanidade neste momento dispõe de um capital de saber e de técnicas que são mais do que suficientes para transformar este planeta, de uma forma sustentável, num lugar muito aprazível para tod@s vivermos em paz e relativa prosperidade, à que quebrar a actual super estrutura e reformar as relações de produção de forma a que se libertem todas as forças produtivas ao dispor da humanidade, que neste momento estão restringidas por todo um conjunto de normas que operam em favor das classes dominantes.



Esta explosão social ultrapassa em muito os estudantes, jovens desempregados e operários, sectores mais marginais (o famoso Lumpen), populares não enquadrados e afectados pela crise... O PC Grego é que já se pôs um bocado à margem, mas o equivalente Grego do Bloco não. De qualquer forma ao mesmo tempo que se dá esta explosão insurreccional, algo desestruturada, foram convocadas várias manifestações pela esquerda mais “convencional”. Amanhã será dia de uma manifestação de massa estudantil, veremos…
Entretanto deixo mais um filme sobre os motins e um relato na primeira pessoa (membro das esquerdas-anti-capitalistas). Para seguirem os eventos aconselho vivamente este link, é muito bom!



Probably you have already understand that the murder of 15-years old Alexis gave only the occasion for the expression of a social resentment which has been accumulated years and years before in the youth as also to the greek society in total –which helps us to understand also why the majority of the society seems not to be shocked, at least that much…, by the extent of the violent uprising which followed.
Social resentment as a consequence of the prolonged implementation of neo-liberals counter-reforms that decomposed the social welfare state (public health, education etc), the working relations (with an increase of flexibly relations, not insurant work etc) plus…

After that we have to note (very very briefly….) two things. First of all that subject of this revolt –I suppose similarly to all the other revolts…- is in a great extent a non organized part of the society (students, young proletariat as also luben proletariat of metropolis etc). In matter of fact when they finally appeared in the streets they overpass the organized left especially as far as concern the planning of direct action against the police.
Second, the crucial role especially at the first place –the first hours of Saturday night- of the revolutionary movement (which inhere a big part of the anticapitalistic left as also the anarchists/autonomous) who took the initiative of going to the streets, start fires, constructing barricades etc.
We have also to note that in a great extent this movement (the non organized peoples that come to the streets as also the anticapitalistic left) borrow tactical methodology from anarchists (molotof, barricades, shoot stones, destroys of enterprises –mainly the big, multinational ones etc).
About the prospects? If we don't manage to relate this revolt with the organized working movement (pretty much difficult taking into concern the extent of its bureaucratization) or even with the student movement (which is easier but not any more sufficient or even a step back…) this dynamic will leave away… Similar with the france banlieues and sarkozy electoral victory afterwards, or not?

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

História de uma Associação


Em 2000 um colectivo de estudantes do técnico considerou importante para melhor trilhar o futuro dar a conhecer um pouco do passado, daí nasceu o documento abaixo publicado.
A memória é das mais importantes ferramentas que os povos têm à sua disposição para impedir que a exploração e opressão progridam, é e sempre foi objectivo das classes dirigentes defensoras do status quo limpar da história tudo o que possa dar lições ou servir de inspiração aos combates que o presente exige.

O que é e o que foi a Associação...

Esta brochura é uma breve síntese da história da nossa Associação e do Movimento Estudantil no Técnico, estamos conscientes das muitas lacunas existentes neste trabalho e da controvérsia que certos factos possam gerar. Esperamos, no entanto, que possa despoletar uma discussão não tanto sobre o passado, mas mais sobre o que é, o que deveria ser e ao serviço de quem é que está a AEIST.

Já agora deixo aqui os Links para as páginas de duas das listas em que estive envolvido enquanto tive no IST.


sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Política e Partidos nas Faculdades e Quotidiano

Há um dia ou dois decidi juntar a este blog uma série de links para grupos de activistas de várias Escolas do Ensino Superior.... Lembrei-me dos tempos em que me envolvi no movimento estudantil, abaixo deixo dois legados dessa altura(talvez venha a publicar mais coisas...).

Um texto escrito por um camarada (não é meu) para o "17-68-74", jornal do núcleo de estudantes do bloco do técnico, que lançámos ao mesmo tempo em que estávamos na Direcção da Associação, olhando para trás tenho sérias dúvidas que tenha sido a mais sábia estratégia a seguir... Mas o texto vale por si, aborda um problema que sentíamos muito na pele e que hoje em dia tende a estar cada vez mais presente, a tentativa de excluir da escola tudo o que cheire a actividade partidária assumida. Mais, às vezes até a discussão política promovida por grupos de estudantes não necessariamente ligados a partidos, mas preocupados com o muito mundo que há à sua volta para além das sebentas das cadeiras que frequentam...
Publico também algumas fotos da que foi a das maiores mobilizações estudantis no Técnico, em Abril de 2000 quando paralisámos a escola e fizemos um plenário com mil pessoas seguido de manifestação.


Os Partidos e a Política na Faculdade

Nos últimos tempos assiste-se a uma crescente pressão a qualquer forma de organização partidária que actue numa faculdade, o trazer a política para a escola é cada vez visto com mais desconfiança, como uma intromissão num espaço que nada tem a ver com ela. A política dos “partidos tudo bem mas desde que seja fora da faculdade” ganha cada vez mais força. Este facto sugere uma reflexão aprofundada. Não são poucas as vezes que responsáveis políticos apelam a uma participação cívica na sociedade, o fomento a formas de organizações desportivas, culturais, associativas em geral, e no entanto, o que se passa é que todos os dias encontramos barreiras quando nos organizamos, quando queremos transmitir ideias, realizar debates, etc.

Queixam-se que a política está a afastar-se progressivamente dos cidadãos, mas o que vemos são políticas que efectivamente tendem a afastá-la dos cidadãos, o trabalho de base, no local de trabalho, na faculdade, tem sido cada vez mais dificultado. Mas será que queremos continuar a caminhar para um mundo onde a política tome progressivamente a forma de conteúdos de telejornal, de um conjunto de frases soltas na televisão e nos jornais? Uma questão de ligar ou desligar a televisão?


O que se passa realmente é que, tal como tudo o resto na sociedade, a política está a ser transformada em algo que se consome, mais um produto com o seu público alvo, no qual nós somos isso mesmo, o público, os espectadores e nunca os actores. Formam-se opiniões, criam-se consensos ou controvérsias nos media, e a nossa função está sempre em saber se concordamos mais com A ou com B ou nenhum dos 2. E isto não se passa apenas na política, no desporto e em muitas outras áreas é a mesma coisa.

É mais importante uma aposta num Euro2004 no qual não vamos ser mais que espectadores de uns jogos durante um curto espaço de tempo mas onde entram milhões de contos em publicidade, que apostar o mesmo dinheiro numa política de desporto escolar no qual fomentamos a participação de milhares de jovens nas escolas para a prática do desporto. É a diferença entre políticas que promovem o consumo duma actividade e políticas que promovem a participação na mesma.
Mas afinal o que é fazer política? A política não pode nem deve cair no erro de ser o palco apenas de algumas pessoas nas quais delegamos a responsabilidade de resolver os nosso problemas. A resolução dos mesmos passa por muito mais que uma participação nas urnas, passa pela nossa participação contínua nos locais onde trabalhamos, estudamos, vivemos. E é por isso que encaramos com estranheza o repúdio de algumas pessoas em relação ao facto da política estar presente na faculdade. Algo vai mal quando o pretender transmitir ideias que afectam a globalidade dos cidadãos é mal encarado por ser supostamente no espaço impróprio, fora do calendário eleitoral, fora do espaço-tempo correcto.

Trazer os partidos para a faculdade é descentralizar o monopólio de uma política que cada vez vive mais de uma imagem criada nos media, a qual é o paraíso perfeito para directores de marketing e de imagem, afinal o que interessa é vender um produto, arranjar a melhor embalagem.

Trazer os partidos para as faculdades por intermédio de pessoas que estudam lá é dar a conhecer à pessoas as ideias que as diferentes correntes partidárias têm, é esclarecer aquilo que não se consegue fazer em 5 minutos na televisão, que muitas vezes não é mais que um espaço de tempo, que por ser curto, serve apenas para usar frases feitas e que caiam bem na opinião pública.

No fundo, a presença dos partidos nas faculdades, nos locais de trabalho, nos bairros, a presença de militantes em todos esses locais e o seu pronunciamento sobre as questões locais é a forma mais próxima de fazer política, a forma que estabelece o contacto mais directo com as pessoas. Esta forma de fazer política tem de ser muito mais que uma correia transmissora da política dos partidos. Deve ser, acima de tudo, parte da base da construção do programa de qualquer partido, indo contra a lógica da militância do agitar bandeiras e colar cartazes e passando à militância baseada na participação no espaço onde cada um de nós passa o seu tempo.

O programa de qualquer partido deve acima de tudo ter como base a sensibilidade de todas a pessoas que participam no mesmo e isso implica recolher as sensibilidades dos vários locais onde existam militantes, da aprendizagem do contacto dos mesmos com a sociedade, de um diálogo que se deve estabelecer continuamente entre as organizações partidárias e o seu objecto de acção, isto é, o mundo que pretendem transformar (infelizmente nem todos os partidos o praticam, muitos não fazem mais do que recrutar tecnocratas e boys na altura das eleições).