Um bocado nesta linha, antes de mais saudar o único conselho da Grande Lisboa (a norte do tejo) em que o BE reforçou a sua votação, CASCAIS.
No último dia de campanha, 8 de Outubro, fui até ao Fim do Mundo, bairro que fica à entrada de S. João do Estoril de quem vem da A5.
Recentemente no Bairro foi construído/melhorado uma igreja (Católica) e centro paroquial com creche e outras instalações, com dinheiros da República, é claro. O problema é que as pessoas do Bairro n arranjam lugar na creche, não há vagas pós putos... já tá tudo preenchido...
Este problema foi o mote pa um teatrinho que decorreu no próprio bairro...
Não foi uma acção de massas, mas para além de haver o potencial para isso, não deixou de envolver os locais e de passar a mensagem do BE a mt gente e da q mais precisa... Foi mais do q os activistas do costume a fazer performances pá televisão, ou coisas no género... Aqui houve envolvimento real com a população e focou-se um problema mt específico apartir do qual mt mais pode ser dito...
Nestes 10 anos de existência pq é q o Bloco nunca fez um comício a sério na Cova da Moura? ou noutros bairros estigmatizados, Porquê? Nada me parece mais frutífero e necessário...
Também de Cascais não resisto a colocar as fotos da "arruada" pelo Paredão... Também é preciso e foi simbolicamente importante.
Em seguida coloco gráfico e tabela com comparação dos resultados desta eleição e da de 2005, na tabela está incluído o resultado para a Câmara e o número de eleitos (por conselho) para a Assembleia Municipal e Assembleias de Freguesia.
Só Cascais sobe, na Azambuja n houve lista em 2005... É verdade que a a gestão feita pelo BE do caso "Sá Fernades-Acordo (ou GOLPADA) de Lisboa" não foi a melhor... e aí devo dizer que não há, repito, não há inocentes e que a forma como o Bloco decidiu gerir o processo não foi a melhor (era pa cortar logo, ou apostar... mas enfim...). No entanto essa é apenas uma pequena parte da explicação, é que isso não explica como em todo o distrito, com ou sem pressão do voto útil, em diferentes contextos locais, os resultados do BE foram sistematicamente inferiores aos das AUTÁRQUICAS de 2005. Excepção CASCAIS. E sabem que mais, não foi só no Distrito de Lisboa. Em regra, os resultados do BE nos locais onde já estava implantado (Grandes cidades e Arredores) foi manter ou descer... No Porto bem vistas as coisas, o resultado até foi dos mais positivos... O Bloco só consegue uma subida marginal pq apresenta novas candidaturas em 50 conselhos (ou à volta disso)... É positivo este aumento em extensão, mas em intensidade está a diminuir...
Basicamente, "Era bom que trocássemos umas ideias sobre o assunto" , e honra seja feita a quem lançou a primeira pedra, mas tem que se ir bem mais fundo, aqui e aqui já estão algumas pistas... Nesta passagem Daniel ainda coloca um bom ponto...
Mas estas não são, longe disso, as primeiras eleições em que o Bloco se confronta com a pressão do voto útil. E tem conseguido resistir. A razão porque o apelo ao voto útil desta vez funcionou no núcleo duro do eleitorado do Bloco e não apenas nas suas franjas é não ter sido dada nenhuma razão para que o voto ali se mantivesse.
Que perceba que esse apelo só foi muito mais eficaz desta vez porque o eleitorado não conseguiu perceber a estratégia do Bloco. Fui falando com muitas pessoas, daquelas que votam sempre no Bloco, e foi isso que fui ouvindo: perante a pressão do voto útil precisavam de compreender o que queria o Bloco fazer com o seu voto em Lisboa. E não percebiam. E entre essa incompreensão e a “utilidade” do voto em Costa escolheram a segunda. Não é nada difícil de compreender.
Voltando a Cascais (e à acção de 2001 de que falei neste post), sobretudo é preciso aprender com o que de bom vamos fazendo e isso é que tem de ser o eixo da nossa política... mAS as Cenas fixes nunCa gostaM... Pá n pode ser.
Há uma revisão/definição Estratégica a fazer e é AGORA.
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