Líbano, Irão, Afeganistão, Paquistão, Somália, Turquia, Síria "and last but not least" Iraque... Em guerra civil, ou conflitos que se traduzem em violência, em lutas contra ocupação estrangeira, ameaçados de invasão, sob embargo... Todos estes territórios vivem uma, alguns quase todas, estas realidades. É todo um arco de tensão e conflito e com tendencia a complexificar-se e intensificar-se...
E a jóia da coroa, a Palestina, símbolo histórico da opressão a que o mundo Árabe e Islâmico está sujeito. Opressão que não provém apenas dos EUA e do estado cruzado de Israel (também poderia ter utilizado a expressão estado de colonos com função de policiar a região ao serviço do Império, mas estado cruzado acaba por numa palavra expressar tudo isso...) mas também das monarquias e ditaduras corruptas que governam a maioria dos estados dessa região.
Neste momento na faixa de gaza impera a Bandeira Verde do Hamas após duros combates contra as forças de segurança da Fatah, veremos como corre a luta na Cijordânia...
Sob cerco total após a vitória eleitoral do Hamas(em eleições perfeitamente legítimas e democráticas tal como reconecido por tod@s os observadores internacionais), com um governo não reconhecido pela UE, EUA e Israel e com a economia paralizada... Com o favorecimento claro dado por Israel e EUA à Presidência (controlada pela Fatah) face ao governo eleito pelo povo, que outro resultado seria de esperar?
Numa primeira leitura simplista diria que:
- do lado da Fatah existe a vontade de defender os muitos privilégios que o seu aparelho e afins ao longo dos anos acumulou, existem muitos vícios e hábitos corruptos (aliás esse foi um dos dois grandes motivos que levoua que perdessem as eleições contra o Hamas), existe, também, até para defender e manter os tais vícios, a pré disposição para se vergarem perante o Império e no fundo actuarem como Jagunços do Estado de Israel na Palestina.
- o Hamas ganhou as eleições pois é significa um corte com a corrupção e porque se matem fiél à luta pela auto-determinação do povo Palestiniano. No fundo a luta que agora se trava é entre aqueles que defendem, objectivamente, a independência e democracia contra aqueles que para manterem os seus privilégios estão dispostos a ser cães de fila do Império.
É um primeiro esboço apenas, ei de fazer uma análise mais detalhada... De qq das formas estes últimos desenvolvimentos, juntamente com a situação explosiva no Líbano e o alastrar do conflito Iraquiano para a fronteira com a Turquia corroboram a tese de que: ou há um grande entendimento sobre os vários conflitos em jogo e disposição para fazer uma nova partilha do poder ou a zona entrará, cada vez mais, numa espiral de violência e KaoS. Por um lado parece-me muito preocupante o facto que o Império tem preferido apostar numa lógica de KaoS e terra queimada em deterimento de fazer compromissos e aceitar novas partilhas de poder... No fundo entre terem de ceder um pouco, mas mesmo assim guardar alguma coisa da sua influência ou queimar tudo numa lógica de "se eu n tenho voçês tb não" o Império tem escolhido a segunda alternativa (fazendo uma análise puramente estratégica essa escolha, de facto, faz todo o sentido do ponto de vista da manutenção da manutenção da correlação de forças a favor do Império).
No entanto, se isto que acima disse é verdade, não menos é que têm surgido repostas à altura... Alguns sinais são - A vitória da resistência libanesa em Julho-Agosto de 2006. Os custos que os EUA têem vindo a pagar para manterem a ocupação do Iraque e a situação cada vez mais insustentável das forças da NATO no Afeganistão.
Tudo isto merece uma análise mais extensa e detalhada...
Guerra Total ou Solução Global
Império, KaoS e Resistências no Médio-Oriente
1 comentário:
Ruim de mais , nada a ver com nada !
tva com a cabeça aonde qndo escreveu ? Na História Clássica dos Impérios ?
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