domingo, 18 de janeiro de 2009

Linha Ratzinger


Nem a propósito! No dia antes das declarações… deliciosas? Surreais? Imbecis? Do Cardela Patriarca, tinha colocado este post sobre o papel de Chavez no conflito em Gaza.

O mais grave destas declarações é que vão exactamente no senti do contrário a esta lógica de união. Completamente a despropósito (não há nenhuma notícia, caso que venha dar dados novos à questão…) o Cardeal deu concelhos matrimoniais às meninas e avisou que “eles” eram uns tipos muita complicados! Muita esquisitos! Ui, ui o que para lá vai! Olha bicho papão! binde meninas, binde a mim, protejam a boça casta birtude de formação europeia, cristã, ou cristã assim, assim
Não dá, atão o homem até tinha imagem de tolerante e a igreja portuguesa no seu geral (pelo menos ao meu olhar de fora) até me parecia muito aberta ao diálogo entre religiões… Tem tido algum papel na defesa dos imigrantes… E o líder conhecido dos “Muçulmanos” em Portugal parece um Ghandi, aquele imam da mesquita… A que propósito vem este despropósito?

Creio que este é o sinal de uma mudança, ou pelo menos o realçar de certos traços já existentes, mas não completamente dominantes, no seio da Santa Madre Igreja Católica Romana, a Linha Ratzinger está a fazer escola. Há tempos foi a leitura da carta do Imperador Bizantino (o que o homem se foi lembrar…), mas de forma mais geral, a Igreja tem se fechado e reforçado a sua identidade. Tem delimitado muito mais claramente quais os seus limites e carácter… Podem perder uns quantos (também já antes o estavam a perder), mas os que ficam são rijos, antes poucos mas bons. Isto ligado à ideia de que a igreja já não luta pela Humanidade, mas apenas pela Cristandade… Aliás, o alinhamento de Ratzinger à política Bush foi visível... Isto exactamente quando o que é necessário é fazer o inverso. Não sei se a Igreja vai apostar nessa estratégia em força, mas se for por aí será, mais uma vez, um importante obstáculo ao progresso.

Esta música dos Censurados vem mesmo a calhar!

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