A Georgia está na mente de todos os políticos que representam os seus países, e também na de todos os que se interessam por política internacional. Esta guerra, que é ainda resultante da delimitação do espaço de influência das duas super potências do século XX, os EUA e a URSS, mas que hoje parecem empenhadas em fazer-nos crer que a guerra fria afinal não acabou, está a ter várias consequências negativas no mundo.
A verdade é que, pese embora todas as mudanças verificadas, a Rússia, hoje CEI, é vista aos olhos dos países da NATO com desconfiança, mantendo-se uma relação que mesmo os melhores momentos é sempre algo cínica. O mercado nem tudo une...E mesmo durante os jogos Olímpicos as guerras podem começar...
A Nato chegou à fronteira da Rússia, estado hoje muito importante do ponto de vista energético, mas que também depende dos seus consumidores de energia (UE, etc...) e dos países periféricos, como o Casaquistão, onde há importantes poços de petróleo e oleoductos.
A Ossétia do Sul, até hoje parte da Georgia, poderá tornar-se num novo Kosovo, e diga-se que por isso mesmo e pelos métodos até hoje usados pelos EUA no Iraque e Afeganistão, o Ocidente não tem muitos argumentos contra a Rússia, que vê aqui uma oportunidade para defender os seus interesses geostratégicos. Das muitas análises que há disponiveis sobre este assunto, gostava de frisar algumas coisas:
Ao contrário do que se dizia na era Clinton, em final dos anos 90, por aqui se vê como a história não acabou...O século começa, assim, com muitos problemas por resolver, penso até que serão estes (Iraque, Afeganistão, fronteira NATO-Rússia, Capitalismo China, crescimento da Índia e Brasil ) que determinarão a vida mundial no século XXI.
Com Bush já vimos por onde têm seguido os nossos caminhos, espero que não somem mais erros de percurso, pois tudo poderá ser ainda muito bom ou muito mau em função das forças que ocuparem a Casa Branca a partir de Novembro deste ano. O mundo não aguenta muitos erros mais.
E com estas políticas, Portugal que pense que caminhos quer seguir, pois a turbulência política só faz subir ainda mais o petróleo, com ele o desemprego, e a recessão que vivemos.
Não adianta, a Sócrates e Cavaco cantarem o Georgia on my mind, como quem assobia para os Açores, os problemas batem nos à porta, e a sorte é dos audazes, este tempo que vivemos não se compadece com contemporizações e atitudes hipócritas como as de Cavaco, que gosta pouco de assumir posições claras em assuntos internacionais. Já quanto aos Açores não se pode dizer o mesmo...
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
"Georgia on my mind"
Posted by rack at 00:46
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