terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Estudante Chavista Assassinado na Venezuela, a RTP MENTE!!!

A propósito do persistente incumprimento da Lei a RCTV (canal envolvido na orquestração de um golpe de estado e coisas que tais, por bem menos pensem no que aqui aconteceu a Manuela Moura Guedes) viu a sua licença de transmissão ser terminada.

Geraram-se  protestos, como sempre à manifestantes anti e pró Chavista, em Mérida foi um estudante Chavista que foi assassinado, o título do público aqui está:


Caracas rejeita acusações de limitação da liberdade de imprensa

Venezuela: estudante pró-Chávez morto durante protestos violentos contra o regime






E aqui, no Aporrea está um poema em sua memória. Mas agora vejam de que forma transmite a notícia a RTP (no telejornal da 1 e da 2!!!) Impressionante! É que parece que as vítimas são os bandos fascistas que mataram um jovem Chavista e não o inverso.... Como já tinha dito, ao Império nunca faltou pouca-vergonha e toda a lata do mundo para mentir!





quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Notas Soltas(Alegre, Liderança, Haiti)

Diálogos do FacebooK...

Liderança

Há um tempo, um momento, um ponto de viragem a partir do qual todo o potencial de protesto se transforma em movimento. Esse momento não depende do voluntarismo messiânico de um qualquer D. Sebastião emergente do nevoeiro, seja ele Sebastião, seja Obama, Lula ou Chávez. Dependerá do desequilíbrio entre Energias potencia... (deste artigo)

Mas esse "desequilíbrio entre energias potenciais" não acontece em abstracto, materializa-se em movimentos concretos, com ideias próprias e os correspondentes líderes... Aliás nunca houve nenhuma revolução ou movimentação social sem "figuras de proa". No movimento dos direitos civis foi Martim Luther King, na luta pela independência da india e como ícone da não violência temos Ghandi. Aliás os movimentos que não tiveram esses líderes falharam todos... Porque é necessário que a energia esteja polarizada e orientada num vector, se está dispersa dissipa-se...

Acrescento agora que precisamos de mais ciência, mas não tanto para fazer alegorias, ou paralelismos, entre teoria social e teorias/princípios das ciências naturais. Precisamos é de usar ferramentas científicas e o método científico para análise da realidade e a partir daí construir as teorias sociais...

Alegre


Amigo:  xico... o que é que interessa se tem apoio ou não do PS??? o homem agirá de maneira diferente enquanto presidente dependente de quem o apoiou?

Moi: Obviamente

Amigo: ou seja o teu respeito por ele é zero. pelo menos eu só diria isso de alguém por quem eu n teria respeito

Amigo: ou sendo mais directo, tu estás a apoiar alguém que tu julgas ter acções diferentes consoante os apoios políticos que teve numa campanha já passada.
(esta n percebi bem, respondi logo ao comentário acima)

Moi:  Hum??? Eu diria isso sobre qualquer pessoa... A forma como se chega a um cargo é determinante na condução que se faz desse cargo. Tão ou mais do que as "convicções pessoais" do indivíduo. E sobre confiança, a minha no Alegre é muito baixa, acho é que instrumentalmente pode ser uma figura útil, mas fazer depender dele (Alegre) a estratégia para a saída da Crise Portuguesa é pura ingenuidade.

Acrescento isto: Qual a minha posição? básicamente se for um ariete para malhar no PS e uma figura que ajuda a polarizar forças à esquerda do Governo tudo bem, aliás óptimo! Se for com o apoio do PS será, e a teoria da gravidade tb se aplica (+-) aos fenómenos sociais, um capacho de Sócrates e da elite dirigente mais desenvergonhada... e então o Bloco não deve tar atrelado a isso.
Aliás a escolha do BE nas presidenciais devia estar enquadrada numa mais vasta estratégia de construção de alternativa ao regime actual. Mas parece que continua a navegar à vista...
Já agora vejam este post, até achei mt bem as iniciativas com o Alegre de à uns tempos atrás, mas camaradas, "rigidez estratégica e flexibilidade táctica!" (grande frase do Cunhal...) O problema é qd não se tem estratégia é complicado ter flexibilidade táctica...

Haiti

A catástrofe é tão resultado da catástrofe natural (obviamente) como das Golpadas do Império, aqui está um bom artigo, aqui está outro sobre o golpe promovido pelos EUA contra o primeiro presidente eleito do Haiti (o que é uma óptima prova de como o Império ama a democracia...).



Esta é a uma capa da Times de 1994... Já antes em 1915 também tinha acontecido, agora parece que é de novo a mesma, ou parecida, história, aliás quando começam a dizer que "não" é porque a coisa já está num estado avançado...

Entretanto Cuba, a pequena enorme Cuba, dá lições... Vejam: vídeo da CNN sobre hospital em condições em Porto-ao-Príncipe.  

Assim acontece...


sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Revolução em Lisboa - 1383

«Se outros per ventuira em esta cronica buscam fremosura e novidade de palavras, e nom a certidom das estorias, desprazer-lhe-á de nosso razoado, muito ligeiro a eles d'ouvir e nom sem gram trabalho a nós de ordenar. Mas nós, nom curando de seu juizo, leixados os compostos e afeitados razoamentos, que muito deleitom aqueles que ouvem, ante poemos a simprez verdade que a afremosentada falsidade.»
Fernão Lopes




Já antes havia falado de como um Bastardo foi nomeado pela alvoraçada populaça Lisboeta em Defensor do Reino, impondo a sua vontade à grande Nobreza e Clero, mas também à hesitante burguesia... Não resisto a aqui colocar o relato de Fernão Lopes...  Cá vai com sublinhados meus...


Então o comum povo livre e não sujeito a alguns que o contrário disto sentissem lhe pediu por mercê que se chamasse Regedor e Defensor dos reinos, e ele vendo este seu grande desejo, e tendo ademais presente o conselho de frei João e dos outros que sobre isto lhe haviam falado, outorgou de o fazer contanto que eles se juntassem todos naquele dia, no mosteiro de São Domingos, para lhes haver de falar do que sobre isto entendia fazer em razão da sua ficada, pela qual tanto o requeriam, e eles disseram que tal lhes prazia muito. Junto nesse dia muito povo da cidade naquele mosteiro, expôs o Mestre como se entendia de partir do reino e as razões porquê, que já dissemos, depois, como lhe fora muitas vezes requerido por eles que todavia ficasse por seu defensor, e que ele se escusara disso por certas razões que logo lhes indicou, mas pois que eles tanto se afincavam a que todavia não partisse e ficasse na cidade, ele, para serviço e honra do reino, determinava em sua vontade de ficar, contanto que eles tivessem maneira de o servir e suportar naquela honra e estado que cumpria para defensão do reino.

E eles a uma voz, não esperando que falasse um por todos, mas quantos aí eram juntos, altamente disseram que lhes prazia muito de o servir e ajudar com os corpos e haveres até morrerem todos diante dele. E o Mestre respondeu então, que pois eles assim diziam e o queriam servir, que a ele prazia de tomar carrego de ser seu defensor e pôr o corpo a qualquer aventura por honra do reino e sua defensão e deles.

Quando o Mestre outorgou desta guisa de ter cuidado e regimento do reino, toda a tristeza foi fora das gentes e seus corações não deram mais lugar a nenhum passado medo, mas todos ledos sob boa esperança, fundada em bem-aventurada conclusão, se animaram para levar seu feito adiante, tendo grande fé em que Deus os havia de ajudar. E disseram logo ao Mestre que porquanto na cidade havia muitos honrados cidadãos que ali não estavam presentes, que estes fossem chamados à Câmara do Conselho e lhes fosse razoado e proposto tudo quanto ali fora dito, de guisa que outorgassem todos o que eles disseram e queriam fazer.

O Mestre disse que era muito bem, e foram ao outro dia todos chamados. E sendo assim juntos naquela Câmara da cidade, foi razoado por parte do Mestre como todo o povo miúdo o recebia por seu regedor e defensor, e que agora era a eles requerido se lhes prazia de outorgar aquilo que todo aquele povo tinha outorgado.




Não respondia ninguém, calando-se todos, e alguns falavam muito baixo à orelha dos que se sentavam à beira deles, além de que não dava nenhum resposta que mostrasse que consentia em coisa que os outros dissessem, não por a eles não lhes aprazer de a cidade e o reino serem defesos dos inimigos, mas porque todos estes duvidavam muito de tal coisa poder ir adiante e haver depois bom fim, e no entanto já a vontade do povo miúdo era muito pelo contrário. Depois tinham grande receio da Rainha lhes acoimar isto com grandes tormentos, como fora feito no tempo delRei dom Fernando quando lhe contradisseram o casamento dela com ele.

E duvidando estes que foram chamados, e não respondendo ao que lhes diziam, era ali muito povo junto, entre o qual estava um tanoeiro que chamavam Afonso Anes Penedo, que estivera presente com todos os outros quando se juntaram em São Domingos outorgando de receber o Mestre por senhor, e vendo que não falava nenhum dos mais honrados da cidade que eram presentes, começou de andar passeando-se, e pôs a mão numa espada que tinha cinta e disse:

Que estais vós outros assim cuidando? E porque não outorgais o que outorgaram quantos aqui estão? E como! Ainda vós duvidais de tomar o Mestre por regedor destes reinos, e que tome carrego de defender esta cidade e nós outros todos? Parece que não sois vós outros verdadeiros portugueses. Digo-vos que, quanto a por essa guisa, buscai-nos vós que sejamos todos cedo em poder de castelhanos.

Entretanto trocavam-se entre eles algumas razões sobre isto, mas nenhuma resposta se dava qual cumpria, porquanto esses maiores se receavam muito das razões que já ouvistes.

Então aquele tanoeiro acima nomeado pôs outra vez a mão na espada e disse contra aqueles a quem se fazia tal requerimento: 
Vós outros que estais assim fazendo? Quereis vós outorgar o que vos dizem? Ou dizei que não quereis, pois eu nesta coisa não tenho mais aventurado que esta garganta, e quem isto não quiser outorgar logo é forçoso que o pague com a sua antes que daqui saia. 
E todos os que aí estavam do povo miúdo aquela mesma razão disseram.

Vendo os que foram chamados o alvoroço que todos faziam e que lhes não convinha ter nisto outro jeito em contrário, outorgaram então quanto os outros tinham prometido, e foi assim escrito e assinado por suas mãos. E desta guisa foi o Mestre tomado por Regedor e Defensor do reino, na qual regência e defensão que fez bem se mostrou depois sua virtuosa ardideza, como adiante podereis ver.


Má Nada!!!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Afinal quem é que é Terrorista?

Parece que já é a 3ª pessoa ligada ao programa nuclear Iraniano que desaparece em circunstâncias suspeitas ou é morto... Este foi mesmo morto com uma bomba por controlo remoto... Parece que à mãozinha da Mossad.



Directa ou indirectamente nenhum estado no mundo apoiou mais actos e grupos terroristas que os EUA a grande potência Imperial dos nossos dias... Desde grupos semi-criminais no sudeste asiático, a esquadrões da morte na América Latina, Talibans no Afeganistão, grupos de extrema direita em Itália... eu sei lá... e depois os outros é q são os terroristas, é preciso cá uma lata! Mas isso nunca faltou, nem há de faltar ao Império, a este, aos passados e aos que ão de vir (veremos os que ão de vir...).

Breves Notas sobre a ETA e o Estado Espanhol

Recentemente dois presumíveis operacionais da ETA foram presos em portugal, abaixo deixo o comunicado emitido pela Associação de Solidariedade com Euskal Herria (ASEH). Tem informação relevante de que pouco ouvimos falar, mas antes disso umas breves notas mais gerais:




- O Estado Espanhol, mais recentemente encabeçado por Zapatero, sempre impediu (a última tentativa foi acerca de dois anos...) a realização de um referendo no País Basco para que quem hoje lá vive possa livremente decidir se quer continuar, ou não, a fazer parte do Estado Espanhol (ou do Império Peninsular de Castela...). Os povos têm direito à sua auto-determinação, o que nem sempre implica independência, podem livremente associar-se em federações, mas a questão é que ao Povo Basco nunca foi dada a liberdade de livremente decidir do seu destino. Aliás, dado fundamental! O País Basco foi a única região de espanha que no final dos anos 70 não aprovou a constituição da "transição pacífica", do Estado Fascista de Franco para o "Democrático", enquanto em todas as outras regiões a nova constituição foi recebida de braços abertos, o povo basco rejeitou-a porque lhe negava o direito à auto-determinação.

- Não acho que neste momento fazer atentados seja uma grande estratégia (aliás muitos foram completa e totalmente contra-producentes e só serviram para prejudicar a luta independentista, objectivamente...), a única coisa que conseguem neste momento é provar que ainda existem... Penso que a aposta num referendo, mesmo que não autorizado, ou considerado legal por Castela, seria mais acertada e teria impacto local e internacional... Mas quando a ilegalização de partidos, jornais, manifestações, etc... mantém-se por parte do Império Castelhano é difícil seguir o caminho da PAz, sobretudo quando já há gente que leva muitos anos disto... de qq das formas, neste momento, parece-me que o "caminho da paz" seria o mais produtivo...

- Existem centenas de presos da ETA nas masmorras Castelhanas, existem evidências claras de tortura, aliás a luta suja contra a ETA já teve vários episódios tenebrosos, como os esquadrões da morte GAL! Neste momento, sem conhecer os pormenores da lei portuguesa, parece-me bem não repatriar estes dois Bascos, não tenho a certeza, mas creio que Portugal (e muito bem a ser verdade) não extradita presos para países onde sabe que serão torturados, este é exactamente um dos casos onde há essa certeza...

- Para além de um referendo, uma amnistia geral seria necessária, para os operacionais da ETA, dos GAL e torturadores das masmorras Castelhanas... Para tod@s... Porque há muitos que têm as mãos sujas de sangue, à poix é bébé...

Abaixo segue então o comunicado:


Comunicado da ASEH sobre a detenção de dois supostos membros da ETA

Perante a notícia da prisão, em Portugal, de dois supostos membros da organização independentista basca Euskadi Ta Askatasuna (Pátria Basca e Liberdade), a Associação de Solidariedade com Euskal Herria (ASEH) vem alertar para o facto de haver centenas de independentistas bascos nas prisões espanholas que foram submetidos a métodos brutais de tortura. Este facto foi comprovado pelo Relator da ONU Contra a Tortura, pela Amnistia Internacional e por muitas outras organizações de Direitos Humanos. A extradição destes dois cidadãos bascos configuraria um sério risco para a sua integridade física e psicológica. Com a possibilidade de violação de direitos humanos, esta opção não pode ser senão rejeitada.

Com factos ainda por confirmar, a ASEH espera que não se tenha permitido, como acontece no Sul de França e no País Basco sob administração francesa, a entrada de forças policiais espanholas. Isso configuraria uma grave violação da soberania nacional portuguesa e uma maior submissão à estratégia repressiva do Estado espanhol, depois do acordo entre os dois países para permitir o trabalho de dezenas de polícias espanhóis no nosso território.

A ASEH denuncia também o desaparecimento, há quase nove meses, de Jon Anza, no Estado francês, em circunstâncias ainda por esclarecer mas que fazem prever o regresso ao terrorismo do Estado espanhol sobre independentistas bascos. Durante os anos 80, sob o governo de Felipe González, dezenas de cidadãos bascos foram assassinados por paramilitares a soldo do Estado espanhol.

No passado dia 2 de Janeiro, apesar da ameaça de proibição, cerca de 50 mil pessoas manifestaram-se em Bilbau pelo fim da repressão contra os presos políticos bascos e pela democracia no País Basco. Nela participaram vários partidos e sindicatos. A situação que se vive é largamente ignorada pelos meios de comunicação social. A repressão não se abate apenas sobre militantes da ETA. O Estado espanhol ilegalizou dezenas de partidos, fechou jornais e rádios, proibiu organizações juvenis e proíbe manifestações.

Consideramos que deve ser reconhecido ao povo basco o direito à autodeterminação. Cada povo deve poder decidir o seu próprio futuro. Este é um direito reconhecido pelas Nações Unidas e ignorado pelos Estados espanhol e francês.

--
Associação de Solidariedade com Euskal Herria

borrokabidebakarra@gmail.com
http://www.paisbasco.blogspot.com


quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O Artista está há um ano na sua Demanda...

O Artista está há um ano, nesta nova fase, da sua demanda... Realidade, ficção e sobretudo, Poesia e Romantismo...

Pedro Procura Inês